Será que os pais têm consciência do quanto influenciam os  filhos na construção de sua identidade?

Será que os pais têm consciência do quanto influenciam os filhos na construção de sua identidade?

Esta, com certeza, é uma questão que requer muitas reflexões, se não para obtenção de respostas, ao menos para propiciar o debate entre família e escola. A construção de identidade da criança acontece a partir da qualidade da vida afetiva que será construída ao longo dos seus primeiros anos de vida, e, neste momento, a mediação da família é fundamental para que o filho desenvolva habilidades e para que possa, ao longo do seu desenvolvimento, ser mais competente em suas escolhas.

São inúmeras as influências para a formação de uma criança, por este motivo pais e escola devem caminhar juntos na tarefa de transmitir valores necessários para esta formação. No entanto, parece natural que os pais se ocupem disso, e é importante salientar que a escola também é corresponsável por esta orientação e formação, mas, nos últimos tempos, vem ampliando seu papel ao lidar com o resultado direto do que a família produz nos filhos. Como nos dia de hoje a criança permanece muito tempo na escola, o investimento em cada filho está cada vez maior, ha-vendo, inclusive, uma inversão de valores, e a criança aprende desde cedo a ter seus desejos satisfeitos. Se a família ceder ao individualismo e cortar os vínculos estáveis com os filhos, ela produzirá cada vez mais egos inseguros. A atitude dos pais na criação de seus filhos são aspectos que interferem, de forma positiva ou negativa, no seu desenvolvimento. Se a função da família é transmitir valores, afeto, segurança e proporcionar condições para o bom desenvolvimento e construção da autonomia da criança, é necessário que ela seja construtiva, pois a infância é direito de todos, e nesse sentido eles precisam de amparo, cuidados e educação.


Texto da pedagoga Claudia Roberta Monteiro Silva enviado ao Jornal Virtual.

Artigo escrito por: Dir. São Gonçalo